quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Comunicado da ALGBT

Notícia interessante e que deve ser compartilhada!

Tenho a alegria de compartilhar a publicação das novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (Diário Oficial da União, 31/01/2012) em que foram incluídas orientações para a inclusão de  Orientação  Sexual, Identidade  de  Gênero, bem como os temas do programa Saúde e Prevenção nas Escolas nos projetos político-pedagógicos das escolas.

Peço atenção especial ao Art. 16. Selecionei  os    seguintes incisos
Art. 16. O projeto político-pedagógico das unidades escolares que ofertam o Ensino Médio deve considerar:
V - comportamento ético, como ponto de partida para o reconhecimento dos direitos humanos e da cidadania, e para a prática de um humanismo contemporâneo expresso pelo reconhecimento, respeito e acolhimento da identidade do outro e pela incorporação da solidariedade;
X - atividades sociais que estimulem o convívio humano;
XIV - reconhecimento e atendimento da diversidade e diferentes nuances da desigualdade e da exclusão na sociedade brasileira;
XV - valorização e promoção dos direitos humanos mediante temas relativos a gênero, identidade de gênero, raça e etnia, religião, orientação sexual, pessoas com deficiência, entre outros, bem como práticas que contribuam para a igualdade e para o enfrentamento de todas as formas de preconceito, discriminação e violência sob todas as formas;
XIX - atividades intersetoriais, entre outras, de promoção da saúde física e mental, saúde sexual e saúde reprodutiva, e prevenção do uso de drogas;

XXI - participação social e protagonismo dos estudantes, como agentes de transformação de suas unidades de ensino e de suas comunidades;


Com essas Diretrizes, nenhum(a) gestor(a) escolar poderá dizer que esses assuntos não podem ser trabalhados  nas escolas.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Mesmo não sendo oficial, a turma do MDV participa junto das manifestações culturais do município!!
Na foto flagrante dos integrantes no bloco VEM QUEM VEM no bairro de Fátima. Brenda, Plínio, Raphael e Isnaldo, ou melhor, seu alter ego!

Ata da Primeira reunião depois do registro

                              Reunião do MDV – Movimento Diversidade Viçosa
                                                      Reunião ordinária


Aos seis dias do mês de fevereiro de 2012, reuniram-se os membros da diretoria às dezoito horas, sob a presidência de Edison William da Silva Santunioni(Brenda Santunioni), com a presença dos senhores Plínio Madureira, Huggo Thomas, Raphael Gustavo e Isnaldo Lopes.
Aberta a sessão, foi lida a ata da reunião. Não havendo comunicações a serem feitas, passou-se à Ordem do Dia:
    Blog da diversidade – Foi anunciada a criação do blog do Movimento Diversidade Viçosa:
http://www.movimentodadiversidadevicosa.blogspot.com/;
    Divulgou-se a campanha de vacinação contra Hepatite B, a qual se encontrava disponível em Viçosa na policlínica, tendo o público LGBTT prioridade na vacinação contra o vírus;
    Programou-se a atuação do MDV no “Viçosa Folia”, com a  participação dos membros na distribuição de camisinhas e leques com informações, em parceria como a Secretaria Municipal de Saúde de Viçosa sobre a prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis;
    Surgiu a idéia da criação de uma camisa do MDV, a qual poderia ser utilizada pelos membros do MDV em eventos públicos;
    Foi apresentada pela presidente uma proposta para a III Semana da Diversidade de Viçosa e ela propôs que a Parada Gay de Viçosa 2012 só seria concretizada se fosse criada uma comissão responsável. A presidente do MDV não assumiu a responsabilidade da Parada, somente dos outros eventos da Semana da Diversidade e deixou aberto para quem quisesse assumir o projeto e executá-lo com total apoio da presidência do MDV;
    Ficou estipulada a necessidade de promover eventos este ano com objetivo de arrecadar dinheiro para os projetos da ONG.
    Ficou acertado que os membros presentes iriam propor a criação de comissões e assumiriam suas respectivas responsabilidades;
    Ficou também acertado que o Diretor Financeiro Hugo tomas iria procurar o escritório de contabilidade Zapallá, que nos assessora, para negociar descontos nos honorários.

Nada mais havendo a tratar foi encerrada a sessão. E para constar, eu, Plínio Magalhães Madureira, secretário da ONG, redigi, lavrei e datei a presente ata que vai por mim e pelos membros presentes assinada.

Viçosa, 06 de fevereiro de 2012


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 Brenda Santunioni – presidente

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Plínio Madureira – secretário

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Huggo Thomas – Diretor Financeiro

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Raphael Gustavo – Membro do MDV
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Isnaldo Lopes-Membro do MDV

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Mais uma bela participação da nossa ONG





Estivemos, eu Brenda, Rafael, Plínio e Hugo na sexta-feira,10 de fevereiro, no Viçosa folia, curtindo os shows da noite e fazendo a maior campanha de prenvenção contra as doenças sexualmente transmissíveis. Com a parceria da Secretaria Municipal de Saúde distribuimos camisinhas e muitos leques com informações preciosas para uma relação sexual saudável. Fiquei decepcionada com os locutores da festa que só com a ida de Hugo ao palco é que leram os textos enviados pela Secretaria de Saúde e por nós. Outro ponto negativo foi a presença da radialista "tieta" de BH, que no palco dava gritos histéricos e gestos que nos defamavam, pra quem não a conhece ela faz programa em uma rádio da capital mineira com este personagem, bem escrachado, é divertido, só não ficou bem ali naquele momento. Falha da organização. Outro fator que ainda é uma icógnita: nem todas as camisinhas que foram enviadas para o MDV chegaram às nossas mãos.... vamos apurar! Afinal de contas, este assunto não é brincadeira!
Estado de S. Paulo. 11/02

ONGs acusam governo de discriminar gays com veto de vídeo

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Lígia Formenti/Agência Estado
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Convicto de que houve veto ao filme dirigido ao público gay programado para ser exibido durante a campanha de aids do carnaval, o Fórum de ONGs de Aids do Estado de São Paulo decidiu apresentar uma denúncia formal contra o governo brasileiro em instâncias internacionais de direitos humanos. O Fórum, que congrega 92 entidades filiadas, anunciou também que vai apresentar uma representação no Ministério Público para que seja investigada discriminação e desperdício de recursos públicos, por causa do cancelamento da produção do vídeo.

"Já está tudo acertado. Só há uma possibilidade de revermos nossa posição: a veiculação na TV domingo do filme originalmente programado", afirmou o presidente do Fórum, Rodrigo Pinheiro. Apresentado semana passada numa festa organizada no Rio, o filme dirigido ao público gay foi retirado da internet por determinação do Ministério da Saúde. A justificativa era a de que o material havia sido feito para apresentação em locais fechados, não na internet ou na TV. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o vídeo dirigido ao público está em fase de produção.
"Mais uma vez, ele joga para plateia. Faz festa, tenta agradar e, por fim, retrocede", afirma o presidente do grupo Pela Vidda, Mário Scheffer. Para o movimento social, há quatro evidências que demonstram o veto do governo.
O filme tirado do ar já havia sido apresentado no lançamento da campanha. "Se não pode na TV, porque poderia numa festa? E o discurso do ministro na ocasião, todo o clima indicava que aquele vídeo é o que seria veiculado", relata Pinheiro. A descrição do filme dirigido para TV em texto divulgado pelo Ministério da Saúde coincide com o material que foi retirado do ar e tem formato de 30 segundos e linguagem para grande público, avalia o movimento. Por fim, essa retirada foi feita sem nenhum tipo de justificativa pelo Ministério da Saúde.
O retrocesso é atribuído ao receio do governo - e de setores dentro do próprio ministério - de contrariar grupos religiosos, sobretudo em ano eleitoral. O governo quer evitar desgastes como o ocorrido ano passado - e que rende dor de cabeça até agora - com a distribuição de material contra homofobia, programado para ser feito pelo Ministério da Educação. "É uma grande decepção. O governo mostra estar totalmente rendido neste tema a grupos fundamentalistas e a base aliada. Um passo atrás e, agora, numa área que o Brasil sempre foi internacionalmente reconhecido pela ousadia e pela liderança, o combate à aids. Mais do que uma oportunidade perdida, é uma mancha", disse o presidente do grupo Pela Vidda.
Scheffer lembra que problema semelhante foi registrado na campanha do Dia Mundial de Aids. Era esperada uma campanha dirigida ao público gay. Durante o lançamento, movimento social foi surpreendido com uma campanha feita sobre preconceito. A escolha de jovens gays como público alvo da campanha não é à toa: a incidência da aids entre essa população aumentou de forma expressiva na última década. "E a campanha tem de ser dirigida ao público em geral. Não adianta veicular em ambientes fechados. Além disso, é piada imaginar que numa boate todo mundo vai parar para ver a peça", disse Pinheiro.
O ministério informou ontem, por meio de sua assessoria, que o calendário da apresentação de um novo filme está mantido: domingo. De acordo com a pasta, o filme encontra-se em fase final de produção. O ministério ao longo dos últimos dois dias recebeu manifestações e pedidos de explicações sobre o episódio. Nenhuma resposta formal foi apresentada até agora, informou a assessoria de imprensa. O ministério, ainda por meio da assessoria, disse que até o fim da tarde de ontem não havia recebido nenhum comunicado do Fórum de ONGs de Aids de São Paulo. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo.
 
 
Nota na íntegra
NOTA DE REPÚDIO
CONTRA O VETO DO GOVERNO FEDERAL AO FILME DE PREVENÇÃO EM AIDS
DIRIGIDO AOS HOMOSSEXUAIS
O Fórum de ONGs Aids do Estado de São Paulo, que congrega 92 entidades filiadas, reunido em 10 de fevereiro de 2012, vem a público REPUDIAR o veto do Governo Federal que impediu a veiculação, em TV aberta e canais de grande circulação, do filme dirigido aos jovens homossexuais, como parte integrante da campanha nacional de prevenção em aids do carnaval.
Contestamos a versão divulgada pelo Ministério da Saúde de que o filme censurado não seria veiculado em TV, mas apenas em ambientes fechados freqüentados por homossexuais. São evidências do veto do governo: 1) O filme foi apresentado durante o lançamento das peças da campanha dia 2/02, no Rio de Janeiro; 2) A descrição do filme, como sendo para TV, consta de texto amplamente divulgado pelo Ministério da Saúde; 3) O filme foi retirado sem explicações do site oficial do Departamento de DST-Aids; 4) As características técnicas do filme apresentam o padrão comercial da televisão brasileira , como o formato de 30 segundos, a linguagem para grande público , estética e narrativa igualmente características dessa tradicional mensagem publicitária de TV.
Denunciamos que a censura interna imposta pelo Governo ao vídeo é clara demonstração de discriminação e de violação aos direitos dos homossexuais, população altamente vulnerável à infecção pelo HIV e que demanda, portanto, campanha de saúde pública de grande alcance.
Neste sentido, decidimos pela denúncia formal contra o Governo brasileiro, em instâncias nacionais e internacionais de Direitos Humanos.
Ao mesmo tempo daremos entrada à Representação junto ao Ministério Público Federal, para que seja apurada a conduta discriminatória do Governo Federal, bem como o desperdício de recursos públicos com a produção de uma campanha sem a devida veiculação em canais adequados.
Por fim, apelamos ao Ministro da Saúde, Alexandre Padilha e à Presidenta da República, Dilma Roussef, que derrubem o veto ao filme e autorizem a sua veiculação em veículos de comunicação de massa antes do carnaval de 2012.
Fórum de ONGs/Aids do Estado de São Paulo

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

CONVITE
ESTAMOS ORGANIZANDO UM TIME DE FUTEBOL PARA JOGAR CONTRA OS HETEROS. QUEM SE INTERESSAR FAVOR ENTRAR EM CONTATO.

nossa primeira reunião oficial foi boa discutimos e determinamos metas. assim será em todas, tenho fé nisto!
São Paulo, quinta-feira, 02 de fevereiro de 2012
Folha de SP - Ilustrada

HOMENS ou MULHERES?

Em matéria de gênero e orientação sexual, os caminhos não são fixos e claros desde a infância

Há três anos, Laerte, 60, cartunista da Folha, usa roupas femininas e maquiagem em seu dia a dia. Na terça retrasada, pelo protesto de uma cliente que o reconheceu como Laerte (e, portanto, como homem), ele foi proibido de ter acesso ao banheiro feminino de uma pizzaria paulistana.

Quem está certo, Laerte ou a cliente que protestou? A questão é, no mínimo, complexa.

Em regra, na nossa cultura, na hora de usar um banheiro público, a gente se divide em HOMENS e MULHERES. Por quê? Perguntei ao meu redor e obtive dois tipos de respostas.

1) Na hora em que nos dedicamos a funções que são naturais, mas das quais nos envergonhamos, é mais confortável saber que não seremos objetos de desejo sexual.

Problema: segundo esse princípio, os homossexuais masculinos deveriam frequentar os banheiros femininos e vice-versa. E os bissexuais fariam xixi em qual banheiro?

2) A divisão dos banheiros públicos não teria a ver com o sexo, mas com o gênero. Seja qual for o objeto de nosso desejo, na hora de exercer as funções excretórias, preferiríamos estar entre pessoas com uma anatomia igual à nossa. Nesse caso, Laerte, que só se veste de mulher, não poderia usar o banheiro feminino.

Problema: o que aconteceria com um(a) travesti ou com um(a) transexual, ou seja, com alguém que transforma seu corpo até encarnar o gênero oposto? Yasmin Lee, Lea T ou um transexual de mulher para homem iriam para qual banheiro?

Simplificando ao máximo, na esperança de esclarecer:

"Cross-dresser" é quem gosta de se vestir com roupas do outro sexo -ocasionalmente ou, como Laerte, o tempo inteiro. Isso não implica uma preferência sexual específica. Muitos "cross-dressers" masculinos desejam só mulheres. Outros se mantêm castos, porque seu único prazer está no fato de habitar, por assim dizer, a pele do outro gênero.

"Travesti" implica uma transformação do corpo (hormônios, implantes) e a presença de uma fantasia sexual, que é diferente para cada um, mas na qual a "ambiguidade" do travesti funciona como um fetiche (para ele mesmo e para os outros).

Ser "transgênero" ou "transexual" significa ter a clara sensação de que seu corpo é inconciliável com seu sentimento profundo de identidade: você nasceu num corpo errado, que você odeia, sobretudo a partir da puberdade, quando ele desenvolve seus atributos de gênero. Os primeiros capítulos do livro de João Nery, "Viagem Solitária, Memórias de um Transexual 30 Anos Depois" (Leya), são perfeitos para entender o drama de quem descobre que ele discorda de seu próprio corpo.

A condição de transexual é independente de orientação ou preferência sexuais. Posso nascer num corpo de mulher e desejar homens, mas viver esse corpo como uma prisão e querer (ou melhor, precisar) me tornar homem; mudando de gênero, continuarei desejando homens. No fim, nascido mulher, eu me tornarei homem homossexual. Só para atrapalhar: qual banheiro frequentarei?

Na realidade complexa (e confusa) de sexo, gênero e orientação sexual, as categorias que descrevi se misturam e não designam destinos -ainda menos destinos claramente reconhecíveis desde a infância.

No lindo, delicado (e imperdível) filme de Céline Sciamma, "Tomboy" (maria-rapaz), a jovem Laura (extraordinária Zoé Héran) se vale de sua bonita figura andrógina (a puberdade ainda não chegou) para passar por menino entre seus novos amigos.

No fim, o espectador decide: o que foi que a gente viu? O começo de um mal-estar transexual? O nascimento de uma homossexualidade? Ou apenas a brincadeira de um verão, que permanecerá como uma lembrança divertida num futuro heterossexual e sem incertezas? Não sabemos e, de fato, nada permite dizer.

Aos nove anos, a menina que seria João Nery foi levada a uma terapeuta. A razão era que ela agia e pensava como um menino, e a mãe gostaria que lhe explicassem o porquê dessa conduta e lhe dissessem como ela deveria se comportar diante disso.

Nery escreve: "O diagnóstico indicou que era fixado no meu pai, com uma necessidade de imitá-lo por ser a filha do meio. Assim, tentava me sobressair para ter mais atenção e afeto. Minha mãe não deveria me forçar, impingindo-me roupas femininas ou coisas do gênero, pois tudo passaria com a idade".

Com a idade, nada passou. A terapeuta se enganou? Não exatamente: ela não tinha mesmo como saber.

ccalligari@uol.com.br
@ccalligaris
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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A quem interessar possa:
Reunião do MDV hoje as 18:30 na estação Cultural Hervé Cordovil.
Pauta:
Acesso ao blog
Participação no Viçosa Folia
Prestação de Contas
IIISemana da Diversidade Viçosa
Comissões
Contador
Lembrando sempre que: As reuniões do MDV acontecerão sempre na primeira segunda feira de cada mês no mesmo horário e local. Não haverá atrasos nem prolongamentos. Quando quiserem mandem pelo email:movimentodiversidade@bol.com.br a sugestão de pauta.